Na noite do último sábado (19/04/25), celebramos a Vigília Pascal, a mais solene e profunda de todas as celebrações da Igreja. Depois do silêncio da Sexta-feira Santa, a Igreja se reuniu na escuridão para esperar a luz da Ressurreição. Foi uma noite de vigília, de expectativa, de fé renovada.
A celebração começou do lado de fora da igreja, com a bênção do fogo novo. Nele, foi aceso o Círio Pascal, símbolo de Cristo ressuscitado, a Luz que vence as trevas. Em seguida, o frei adentrou a igreja trazendo consigo o fogo novo, que foi sendo partilhado entre os fiéis por meio das velas, num clima de profunda reverência e emoção. À medida que a chama se espalhava, a luz ia crescendo pouco a pouco, enquanto ressoava o canto:
“Eis a luz de Cristo!”
A escuridão deu lugar à luz — e nossos corações também se acenderam de esperança.
Durante a liturgia da Palavra, percorremos as principais etapas da história da salvação: da criação do mundo até a ressurreição de Jesus. Foram proclamadas leituras marcantes, como a passagem do Êxodo, em que o povo atravessa o Mar Vermelho, e o anúncio do anjo:
“Ele não está aqui. Ressuscitou!“ (cf. Lc 24,6)
O canto do Glória e o Aleluia voltaram com força e alegria, após o silêncio da Quaresma. E num momento de grande emoção, todas as luzes da igreja se acenderam, o altar foi revestido, os sinos repicaram, e pudemos ver, no teatro montado ao lado do altar, Jesus ressuscitado saindo do sepulcro, onde havia sido “sepultado” na celebração anterior. Foi um gesto simbólico, mas carregado de fé, que fez transbordar os corações.
Sim, Ele vive! Ele ressuscitou!
Nesta celebração também foram realizadas renovações das promessas batismais, marcando um recomeço na vida de fé.
A Vigília Pascal não foi apenas uma missa bonita — foi o renascer da nossa fé, a certeza de que a cruz não teve a última palavra, e que com Cristo sempre haverá um novo amanhecer.
Que essa luz continue brilhando em nós todos os dias, lembrando que, mesmo nas noites mais escuras, a ressurreição está a caminho.
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