O encontro de dois corações transpassados.
Na última Quarta-feira Santa (16/04/25), nossa igreja viveu uma celebração profundamente comovente: a Procissão do Encontro entre Maria e Jesus carregando a cruz. Um momento de oração, silêncio e contemplação que nos levou diretamente ao coração da Paixão de Cristo.
Na missa, revivemos com fé e emoção aquela cena marcante: o olhar de Maria se encontrando com o de seu Filho sofredor. Foi uma representação simbólica, mas tão verdadeira em sentimentos que muitos se emocionaram profundamente. Maria, a Mãe que sempre disse “sim” à vontade de Deus, agora via o Filho amado com os ombros feridos, coroado de espinhos, carregando o peso do mundo em uma cruz.
A procissão aconteceu com grande reverência: os homens acompanharam a imagem de Jesus com a cruz, enquanto as mulheres seguiram com a imagem de Nossa Senhora das Dores. No momento do encontro, os dois cortejos se uniram, formando um só corpo — como Mãe e Filho unidos na dor e no amor.
Foi impossível não sentir o coração apertado. Era como se o tempo tivesse parado, e todos estivéssemos ali, na rua estreita de Jerusalém, vendo o momento em que dois corações transpassados se olham em silêncio. O silêncio de quem ama até o fim. O silêncio de quem sofre com dignidade. O silêncio que fala mais que mil palavras.
A liturgia nos convidou a refletir sobre a fidelidade de Maria, que nunca abandonou Jesus, e sobre o amor incondicional do Filho, que seguiu até o fim por nossa salvação. Foi um chamado a caminharmos com Ele, mesmo quando a cruz parecer pesada demais.
A Quarta-feira Santa nos deixou uma certeza gravada na alma: não estamos sozinhos em nossas dores. Assim como Maria esteve com Jesus, ela também está conosco. E Jesus, mesmo caindo sob o peso da cruz, nunca deixa de olhar para nós com misericórdia.
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