Jesus se fez pão, e nos ensinou a amar até o fim.
Na quinta-feira santa (17/04/25), iniciamos o Tríduo Pascal com a solene celebração da Missa da Ceia do Senhor, uma das mais belas e profundas de todo o ano litúrgico. Nela, a Igreja celebrou três grandes mistérios:
- A instituição da Eucaristia,
- A instituição do sacerdócio, e
- O mandamento do amor fraterno.
A liturgia nos levou até o Cenáculo, onde Jesus, reunido com seus discípulos, partiu o pão e entregou o cálice, dizendo:
“Isto é o meu corpo, que é dado por vós… Este cálice é a nova aliança no meu sangue…” (cf. Lc 22,19-20)
Foi naquela noite, antes da cruz, que Ele nos deixou o dom precioso da Eucaristia, presença real de Seu amor que se faz alimento.
Também ouvimos o Evangelho de São João, onde Jesus realiza um gesto surpreendente: lava os pés dos seus discípulos. E essa cena foi vivida na nossa paróquia com muita emoção, quando o frei Rinaldo Stecanella lavou os pés de doze pessoas, repetindo o gesto do próprio Cristo.
Em silêncio e com reverência, todos presenciaram o que significa servir com humildade. Foi um lembrete vivo de que, para seguir Jesus, é preciso ajoelhar-se diante do outro com amor.
E o momento ficou ainda mais tocante quando, após o gesto do frei, cada um dos doze escolhidos foram convidados a, cada um, lavar os pés de mais uma pessoa da igreja. Assim, o amor de Cristo se multiplicou diante dos nossos olhos: o gesto de serviço foi passando de um para o outro, como sinal de uma Igreja que vive o Evangelho não só em palavras, mas em atitudes concretas de amor e fraternidade.
Naquela noite, não foi apenas o altar que foi tocado pela graça. Toda a comunidade sentiu-se parte viva da Ceia do Senhor, onde o maior é aquele que serve.
Ao final da Missa, o Santíssimo Sacramento foi conduzido em procissão até a sala de formação do convento, onde ficou exposto para adoração. Assim, recordamos a agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras, e muitos fiéis permaneceram em oração, vigiando com o Senhor naquele momento tão íntimo e doloroso.
A Quinta-feira Santa não foi apenas uma lembrança do passado, mas um chamado presente: viver a Eucaristia com o coração, servir com generosidade e rezar com profundidade. Jesus nos mostrou o caminho — com pão, com joelhos dobrados e com amor até o fim.
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