A Caminhada com Maria e as suas dores.
No silêncio respeitoso do Sábado Santo (19/04/25), nossa comunidade se reuniu na Igreja São Peregrino para viver um dos momentos mais tocantes da Semana Santa: a Via Matris, unida à devoção da Coroa das Dores de Nossa Senhora.
A Via Matris, ou “Caminho da Mãe”, é a contemplação das Sete Dores de Maria, momentos em que o coração da Mãe de Jesus foi transpassado pela dor diante do sofrimento de seu Filho. São elas:
- A profecia de Simeão (Lc 2,25-35)
- A fuga para o Egito (Mt 2,13-15)
- A perda do Menino Jesus no templo (Lc 2,41-50)
- O encontro com Jesus no caminho do Calvário (Lc 23,26-31)
- A crucificação e morte de Jesus (Jo 19,25-27)
- O corpo de Jesus é tirado da cruz (Lc 23,50-53; Jo 19,38-40)
- Jesus é sepultado (Lc 23,53-56; Mc 15, 47)
A celebração foi conduzida pelos freis e consagrados da Ordem dos Servos de Maria, que nos guiaram por um caminho de oração, emoção e profunda contemplação. A cada uma das sete dores de Maria, recordamos o sofrimento da Mãe que acompanhou de perto toda a paixão de seu Filho, Jesus.
Em cada estação, duas pessoas eram escolhidas: uma para proclamar a dor, e outra para simbolicamente enxugar as lágrimas de Nossa Senhora, gesto que comoveu todos os presentes. Esse momento tão simples e profundo levou muitos às lágrimas, pois era como se estivéssemos realmente ao lado da Mãe, oferecendo consolo com nossas mãos e orações.
Unindo a Via Matris à tradição da Coroa das Dores, rezamos um Pai-Nosso e sete Ave-Marias ao final de cada dor, como sinal de reparação ao Coração de Maria. A igreja estava tomada por um clima de intensa emoção e entrega — era impossível não se sensibilizar diante de tanto amor e dor vividos em oração.
A celebração não foi apenas um rito, mas um verdadeiro caminho de espiritualidade mariana, que nos preparou com profundidade para a alegria da Ressurreição. Com Maria, aprendemos a esperar com fé, mesmo quando tudo parece perdido.
Naquela manhã, enxugamos as lágrimas da Mãe, e com ela, esperamos pela luz do Domingo da Ressurreição. Muitas lágrimas foram derramadas, mas também muitos corações foram tocados pela graça.
Maria atravessou as sete dores, e mesmo sem sinais, acreditou. No silêncio do Sábado Santo, ela foi a única que permaneceu esperando a Ressurreição. E é por isso que, na manhã da Páscoa, o sol encontrou em Maria um coração desperto.
Ela não foi ao túmulo. Porque já tinha acolhido a Vida no silêncio da fé.
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