A Ordem dos frades Servos de Maria (OSM), também conhecidos como “Servitas”, foi fundada em Florença, Itália, no ano de 1233, por sete ricos comerciantes, pertencentes à classe média emergente.
Florença vivia então um momento histórico áureo: sua população crescera rapidamente entre 1200 e 1250, passando de 40 a 80 mil habitantes, e sua moeda – o florim de ouro – era a mais cotada no grande comércio internacional da época. As guerras contra Sena e Pisa, as excomunhões lançadas pelos papas contra o imperador e seus seguidores e a luta contra os hereges não impediam à “Cidade de Lírio” de manter um comércio cada vez mais próspero . Nossos fundadores eram comerciantes de tecidos e lã.
Os Sete nutriam uma particular devoção a Nossa Senhora e eram membros de uma confraria chamada Associação-mor de Santa Maria. A pertença ao mesmo ramo de negócios, à mesma classe social e à comum devoção à Virgem Maria, levou nossos Sete Primeiros Pais a se unirem com laços de profunda amizade.
Diante de uma situação social de guerras e intrigas entre facções conflitantes – por um lado, os guelfos, partidários do papado; e por outro lado, os gibelinos, partidários do império germânico – nossos Sete Primeiros Pais quiseram dar um testemunho de unidade e de paz, isto é, de que era possível viver como irmãos.
Por isso, resolveram abandonar os seus negócios e famílias e, dispostos a não guardar nada para si, venderam os seus bens, deixando o suficiente para suas famílias e distribuindo o resto aos pobres. Depois, reuniram-se em comunidade numa casa abandonada na periferia da cidade, que mais tarde se chamaria “Santa Maria de Cafaggio”, onde está hoje o célebre Santuário da Santíssima Anunciada.
Nessa casa, viviam como se fossem “um só coração e uma só alma”, levando uma vida austera, dedicada à oração, à contemplação, à penitência e às obras de caridade em favor dos pobres e doentes.
A Virgem Maria era a grande inspiradora do novo grupo religioso que nascia. Por isso, assumiram o nome de “Servos de Santa Maria”.
O estilo de vida que adotaram logo suscitou no povo admiração e respeito. Muitas pessoas acorriam à pequena casa de Cafaggio para vê-los, rezar com eles e pedir conselhos. Mas os Sete, desejando levar uma vida mais solitária e contemplativa, em 1245, fizeram mais um passo no seu caminho religioso e retiraram-se para o alto do Monte Senário, a 18 quilômetros da cidade. Lá construíram uma casa para morar e uma igrejinha dedicada à Santa Maria.
Monte Senário é ainda hoje o ponto de referência de todos os Servos e Servas de Maria espalhados pelo mundo. É lá que se encontram as relíquias dos Sete Santos Fundadores. E é lá que frades, irmãs e leigos ligados à Ordem acorrem com freqüência para transcorrer momentos de oração, reflexão e estudo, desejosos de haurir da fonte original a linfa que nutre a genuína espiritualidade da nossa Ordem.
Mas, voltando às origens, também em Monte Senário, muitas pessoas começaram a visitar os nossos Sete Santos Pais, atraídas pela santidade deles. Com o passar do tempo, alguns pediram para ser admitidos em sua comunidade, dentre eles São Filipe Benizi , o grande defensor, organizador e propagador da Ordem.
A partir daí o grupo foi crescendo e novos conventos foram sendo abertos, até que, graças aos esforços do prior geral São Filipe e do seu sucessor frei Lotaringo, no dia 11 de fevereiro de 1304, o papa Bento XI, com a bula “Dum levamus”, aprovou a nova Ordem religiosa que, a partir de então, passou a ser conhecida como “Ordem dos Servos de Maria”.
Os Sete Santos Fundadores, proclamados pela liturgia como “ministros da unidade e da paz”, foram canonizados juntos, como se fossem um só – exemplo único na história da Igreja – pelo papa Leão XIII, em 1888.
Os nomes dos Sete Santos Fundadores dos Servos de Maria, propostos no momento na canonização (1888), como se sabe, não tem valor histórico, com exceção de dois: Bonfilho e Aleixo.
No século XV aparecem duas listas de nomes. A primeira é de frei Paulo Attavanti, que se encontra numa obra que ele escreveu por volta de 1465: é a lista mais antiga que temos e traz os seguintes nomes: Bonfilho, Bartolomeu, João, Bento, Geraldino, Ricôvero e Aleixo.
A segunda lista encontra-se numa composição poética de frei Gasparino Borro, publicada em Bréscia em 1498, que traz os mesmos nomes que estão na Legenda Vulgata de São Filipe Benizi, ou seja: Bonfilho, Maneto, Aleixo, Vítor, Sóstenes, Hugo e Lotaringo.
O papa Leão XIII canonizou os Sete Santos Fundadores com os nomes de Bonfilho, Bonajunta, Maneto, Amadeu, Hugo, Sóstenes e Aleixo .
O crescimento da Ordem dos Servos de Maria logo ultrapassou o local de origem e as próprias fronteiras italianas, graças ao testemunho de vida dos nossos primeiros frades e à abnegação com que se lançaram à obra de restauração dos valores evangélicos e à difusão da devoção a Nossa Senhora.
Em 1360, já haviam se instalado no leste europeu, comum florescente convento em Praga, na Boêmia. Em 1479, estabeleceram-se na ilha de Córsega e, quatro anos depois, na Provença, França continental, chegando finalmente a Las Cuevas (Aragão), na Espanha, no ano de 1497.
Nos anos posteriores o ardor não arrefeceu, e novas comunidades surgiriam na Alemanha, na Áustria, na Inglaterra e na Irlanda. Finalmente, em 1852, a Ordem se estabeleceu no “Novo Mundo”, nos Estados Unidos da América.
Mas a Ordem teve seu maior crescimento no século XX: em 1912 no Canadá, em 1913 na África do Sul e, em 1914, a Ordem finalmente chegou à América Latina, estabelecendo sua primeira fundação na Argentina. Vieram em seguida as fundações no Brasil (1920), Chile (1937), Uruguai (1939), Bolívia (1946), México (1947), Venezuela (1952) e Colômbia (1963).
Em tempos mais recentes, novas frentes foram sendo abertas: na Índia, Filipinas, Moçambique, Uganda, Indonésia, que são hoje as fontes mais promissoras da Ordem em termos de vocações.
Vale destacar que nos primórdios da Ordem, algumas mulheres, atraídas pela vida exemplar dos nossos Primeiros Pais e guiadas por Santa Juliana Falconieri, consagraram-se a Deus e assumiram a mesma espiritualidade deles. Além de São Juliana, a Ordem venera também as Beatas Joana de Florença e Isabel de Mântua que viveram nos primórdios da Ordem. E nos tempos modernos, Santa Clélia Barbieri, fundadora da Congregação agregada à Ordem das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores, e as beatas Maria Guadalupe Ricart Olmos, monja espanhola mártir, Maria Madalena Starace, fundadora das Compassionistas Servas de Maria e Cecília Eusepi, uma jovem falecida santamente aos dezoito anos de idade e recentemente beatificada.
Através dos tempos, várias congregações religiosas, algumas monásticas, foram sendo fundadas, e hoje são mais de vinte as Congregações de irmãs e vários os mosteiros de monjas de clausura que trazem o nome de “Servas de Maria”. Quatro Congregações atuam no Brasil, a saber:
A Congregação das Servas de Maria Reparadoras, fundada na Itália no século XIX. As irmãs vieram para o Brasil em 1921, estabelecendo-se no Acre e trabalhando lado a lado com os frades fundadores da recém-criada Prelazia do Alto Acre e Purus. Hoje, com duas províncias, elas mantêm comunidades nos Estados do Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Minas Gerais e Goiás.
A Congregação das Servas de Maria de Galeazza, fundada na Itália pelo Padre Fernando Maria Baccilieri, recentemente beatificado pelo papa João Paulo II. As irmãs chegaram ao Brasil na década de setenta e hoje têm comunidades nos Estado do Acre e Bahia.
A Congregação das Servas de Maria do Brasil, cujas bases foram lançadas em 1917, em São Gonçalo de Niterói, Rio de Janeiro, por Maria Cândida de Castro, sob a orientação do monsenhor José Silveira da Rocha. Foi agregada à Ordem em 1922 e hoje tem comunidades nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
A Congregação das irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores, fundada em Bolonha, Itália, por Santa Clélia Barbieri, que nos últimos anos abriu uma comunidade em Salvador, Bahia.
Além de religiosos e religiosas, a Ordem conta também com dois Institutos Seculares: o Instituto Secular Servita (ISS), fundado em Londres, Inglaterra; e o Regnum Mariae, fundado em Pesaro, na Itália. Os membros dos Institutos Seculares consagram-se a Deus Através da profissão dos votos, mas, ao contrário dos religiosos e religiosas que vivem em conventos, eles vivem em suas casas e assumem atividades temporais, profissionais e sociais como cidadãos comuns. Periodicamente se encontram para momentos de oração, reflexão, revisão de vida e planejamento.
Desde as origens, ao redor dos nossos conventos de frades ou de irmãs, sempre existiram grupos de leigos, homens e mulheres, que, vivendo em sua condição familiar e social, se agrupam em fraternidades e compartilham da mesma vocação e espiritualidade dos Servos de Maria. Trata-se da Ordem Secular dos Servos de Maria (OSSM). Para ingressar na fraternidade, o candidato faz um estágio de formação (noviciado) e depois emite esta promessa: “Prometo a Deus Pai viver mais radicalmente os compromissos do Batismo e observar a Regra de Vida da Ordem Secular dos Servos de Maria, participando assim da sua mesma vocação de serviço e de comunhão, inspirando-me em Maria, Mãe e Serva do Senhor”.
Existem hoje no Brasil seis fraternidades seculares instituídas, sediadas em Curitiba-PR, Turvo-SC, Jacarepaguá-RJ, Rio Branco-AC, São José dos Campos-SP e São Paulo-Capital; e uma em formação no Rio de Janeiro.
Os Servos de Maria, a exemplo dos seus Sete Primeiros Pais, ao mesmo tempo em que procuram testemunhar e divulgar com sua vida e seu serviço os valores evangélicos, veneram com particular devoção Maria, Mãe do Redentor e nossa Mãe.
Explica-se: a Virgem Maria, pelo singular papel que desempenhou na história da salvação e por seu inigualável exemplo de vida, ao longo dos séculos, recebeu vários títulos, que são expressão do amor da comunidade cristã.
Na veneração à Virgem Maria, a tradição luso-brasileira tem mostrado uma particular sensibilidade. Basta recordar que, já em 1656, os portugueses fixaram para o dia 18 de dezembro uma festa anual a Santa Maria, passando em seguida a dedicar-lhe inúmeras igrejas e mosteiros.
O sentimento mariano era tão arraigado que Portugal passou a se chamar “Terra de Santa Maria”, e transportou para o Brasil toda a sua piedade. Por uma feliz coincidência, os Servos de Maria vêm ao encontro dessa religiosidade, uma vez que Nossa Senhora das Dores é a sua devoção principal.
A veneração à Virgem das Dores remonta ao século XIV, mas mergulha suas raízes no próprio Evangelho e numa rica tradição espiritual. O próprio título da invocação “Virgem Dolorosa” é literalmente bíblico. Reproduz as palavras de Simeão, quando, no Templo, Maria lhe apresentou o menino Jesus: “Este menino foi colocado como um sinal de contradição. E a ti uma espada traspassará tua alma” (Lc 2,35).
– A profecia de Simeão é a primeira dor na vida de Maria. Depois, vêm as outras:
– quando foge para o Egito com José e o Menino para escapar da fúria de Herodes (Mt 2,13-14);
– quando perde o Menino Jesus no Templo de Jerusalém (Lc 2,43b-45);
– quando encontra-se com Jesus no caminho do Calvário (Lc 23, 26-27);
– quando está de pé junto à cruz do Filho (Jo 19,25-27a);
– quando recebe nos braços o corpo de Jesus descido da cruz (Mt 15,42);
– quando acompanha o sepultamento de Jesus (Jo 19,40-42a).
Para meditar essas Sete Dores da Mãe de Jesus, os Servos de Maria difundiram a Coroa de Nossa Senhora das Dores, no formato do santo Rosário, que consiste na reza de um Pai-Nosso e sete Ave-Marias após cada “dor”. Outra devoção própria da Ordem é a “Via Matris”, na linha da “Via Sacra”, que recorda e celebra o caminho de dor percorrido por Maria desde a infância do Filho até sua morte e sepultamento.
Já no primeiro século da vida da Ordem, ao ser inquirido sobre “a que Ordem Religiosa pertencia”, nosso grande São Filipe Benizi respondeu com estas palavras: “Chamam-nos Servos da Virgem Gloriosa, de cuja viuvez trazemos o hábito”. A cor preta do nosso hábito simboliza exatamente o luto diante da “viuvez”, ou melhor, da soledade de Maria, depois do sepultamento do Filho.
Outro episódio das origens que mostra o amor da Ordem a Nossa Senhora das Dores encontra-se neste trecho da Legenda sobre as origens da Ordem: “A Virgem Maria revelou ao bem-aventurado Pedro Mártir que o hábito de cor preta que [os Sete Fundadores] usavam, a partir de então, deveriam usá-lo sempre como sinal de humildade e da dor que ela havia suportado na Paixão do Filho” .
No século XV a devoção a Nossa Senhora das Dores, estimulada pelos Servos de Maria, já era bastante popular. E, em 1692, Ela foi declarada titular e padroeira principal da Ordem.
Com toda a Igreja, celebramos a festa de Nossa Senhora das Dores no dia 15 de setembro e outra festa própria, chamada “Bem-aventurada Virgem Maria ao pé da Cruz”, na sexta-feira da quinta semana da Quaresma. Ademais, temos como compromisso de vida “colocar-nos aos pés das infinitas cruzes da humanidade, para levar conforto e esperança de libertação” (Constituições OSM, 319).
No Brasil, quatro de nossas comunidades têm Nossa Senhora das Dores como padroeira: as paróquias de São Paulo e Rio de Janeiro, o Seminário de Turvo e o convento de São José dos Campos. Também nas outras comunidades, a imagem da Virgem das Dores ocupa sempre lugar de destaque.
O primeiro Servo de Maria do Brasil e das Américas foi Antônio Dias Quaresma (1681-1756), que adotou o nome religioso de frei Hugo. Tendo ido a Roma para obter a licença para criar uma confraria leiga da Bahia, denominada “Servos de Nossa Senhora”, lá conheceu o prior geral dos Servos de Maria, frei Pedro M. Peri. Depois de uma breve permanência como leigo no convento de São Marcelo, foi admitido ao noviciado com 52 anos de idade e ordenado sacerdote em 1733, em Gubbio, pelo bispo servita dom Sóstenes M. Cavalli. Munido de Constituições especiais, aprovadas pelo papa Clemente XII, destinadas a uma Ordem Terceira Regular de Servos de Maria a ser criada no Brasil, da qual havia sido nomeado superior e vigário geral, frei Hugo partiu de Roma em 1734. Fundou um pequeno convento em Lisboa, aonde chegou a receber alguns frades na Ordem, mas foi impedido pela Corte de voltar para o Brasil. Morreu na capital portuguesa em 1756, frustrando o sonho de uma fundação servita no Brasil no século XVIII.
No século seguinte, com o Brasil já independente, tornou-se impossível qualquer iniciativa do gênero por duas razões principais: de uma parte, a Ordem vivia um dos seus períodos mais dolorosos, sofrendo cruéis supressões na França, Áustria e Itália; e por outro lado, o império brasileiro, além de vetar a entrada de religiosos estrangeiros, também proibiria, em 1855, que as Ordens já estabelecidas no país recebessem novos noviços.
Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, e a consequente separação da Igreja do Estado pelo decreto de 7 de janeiro de 1890, o catolicismo no Brasil finalmente passou a ter completa liberdade de ação.
Mas, o clero nacional do final do século XIX constatou desolado que o país inteiro contava com apenas 12 dioceses e pouquíssimos religiosos, o que o levou a pedir o auxílio de religiosos europeus. Centenas de ordens e congregações, masculinas e femininas, atenderam ao apelo, lançando-se generosamente nas mais diversas frentes, conseguindo suprir em parte as carências existentes. Novas dioceses passaram a ser erigidas comespantosa velocidade.
Fruto desse contexto, também os Servos de Maria, que já haviam iniciado uma expansão ultramarina nos Estados Unidos no século anterior, por meio da bula “Commissum humilitati nostrae”, do Papa Bento XV, no dia 4 de outubro de 1919, receberam a Prelazia do Alto Acre e Alto Purus, no Brasil, localizada na Amazônia ocidental, mais exatamente no então Território do Acre.
Os frades da Província italiana da Romanha assumiram a empreitada, nomeando como patrono da nova frente São Peregrino Laziosi. Junto com o primeiro bispo prelado, Dom Próspero Gustavo M. Bernardi, os presbíteros frei Thiago M. Mattioli e frei Miguel M. Lorenzini, e o irmão leigo frei Domingos M. Baggio, partiram para o Brasil, chegando a Manaus em 8 de abril de 1920.
Três meses depois, no dia 15 de agosto, aportaram em Sena Madureira, no Acre, onde logo se lançariam com ardor no trabalho de evangelização. Frei Miguel e frei Domingos permaneceram em Sena Madureira, frei Thiago foi para Rio Branco, e Dom Próspero iniciou suas viagens missionárias, visitando todos os recantos da Prelazia, em longas e estafantes viagens pelos rios Acre, Purus, Iaco, Abunã e outros.
Em 1921 chegou a segunda expedição missionária, da qual faziam parte frei Filipe M. Gallerani, que por longos anos esteve à frente da paróquia de Xapuri, frei Bonajunta M. Busi, que voltou logo em seguida para a Itália, frei Donato M. Gabrielli, falecido no Rio de Janeiro em 1934, e frei Egídio M. Muscini. De frei Egídio falaremos mais adiante.
Junto com eles, chegou a primeira leva de irmãs Servas de Maria Reparadoras, que se juntaram aos frades, assumindo várias atividades na missão, principalmente no campo da educação.
No final da década de trinta a novel Prelazia já estava mais ou menos estruturada e contava com a presença de sacerdotes nas principais cidades do Território: Sena Madureira, Rio Branco, Xapuri e Brasiléia.
Foram até admitidos os primeiros vocacionados brasileiros, os irmãos cearenses de Quixadá, José e Peregrino Carneiro de Lima, ordenados em 1937, que no futuro desenvolveriam vasta e meritória obra na região.
Seguiu-se a fundação do convento do Rio de Janeiro, em 1924, onde a Ordem acolheria anos depois um frade de grande valor, frei Romeu M. Ribeiro Donato, nascido aos 28 de março de 1925 e falecido prematuramente aos 19 de julho de 1959, com 34 anos apenas, religioso incansável, de grande amor aos pobres e de profunda espiritualidade.
A nova conjuntura permitiu também a abertura de outra casa na região sul, em Turvo Santa Catarina, fundada por frei Hugo M. Poli em 13 de março de 1937. Em 1938 foi erigida a Paróquia Nossa Senhora da Oração, que teve como primeiro pároco frei Paulo M. Venezian e, em 1942, foi inaugurada a atual igreja Matriz.
Alguns anos depois, em 1947, graças aos esforços de frei Gregório M. Dal Monte, foi inaugurado o Seminário Menor Nossa Senhora das Dores que, a partir de 1972, passou a ser sede também do Colégio Servos de Maria.
Ainda hoje, esses dois estabelecimentos são motivo de orgulho para a cidade e a região. Por ele passaram quase todos os Servos de Maria brasileiros e muitos outros jovens, hoje pais de família e profissionais liberais, que se beneficiaram da educação recebida no Seminário e no Colégio.
Já bastante estruturadas, as fundações brasileiras foram erigidas em “Província do Brasil” em 1962. Além dos conventos acima citados, a novel Província mantinha conventos também em São Paulo (paróquia), São José dos Campos (casa de formação) e André da Rocha, Rio Grande do Sul (paróquia).
Em 1977, foi fundado o convento em Curitiba, Paraná, para ser casa de formação das novas gerações de frades, que se deixaram cativar pelo ideal de vida tão antigo quanto belo de “Servir a Deus como Maria”.